Programação da 2ª Edição
Ciclos al-Mah
12, 13 e 14 de Novembro 2010




SOMBRA CLARA IV


Dança Butoh

Sexta, 12 de Novembro, 21h30

Auditório do Centro Cultural da Malaposta

PREÇO:
12,50€



Sombra Clara é um projecto de pesquisa pessoal,
de linguagens de movimento, voz
e construção sonora ao vivo,
iniciado em 2008.
O mais recente espectáculo do projecto
- Sombra Clara IV -
criado para esta edição dos Ciclos,
é composto por dois solos independentes de dança Butoh,
onde a mulher, a água, a transformação,
o imaginário colectivo e a reciprocidade entre
espectador e intérprete,
são peças essenciais.




I. ALGA MULHER

Gotas. Líquido.
Espinha. Névoa. Destroços.
Fundo do mar.
Espera silenciosa.




II. NO PRINCÍPIO E NO FIM

O teu desejo é o meu desejo:
para uma dança medicina.



Duração: 60 minutos



FICHA TÉCNICA


concepção e interpretação:

Vera Mateus

música ao vivo solo II:

Ricardo Ribeiro
Baltazar Molina

música solo I:

Alio Die e Amélia Cuni
Apsaras



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NRITYAANJALI

















TARIKAVALLI & LAJJA SAMBHAVNATH


'Saudação à Dança'



Sábado, 13 de Novembro, 21h30

Auditório do Centro Cultural da Malaposta

PREÇO:
12,50€



Este espectáculo de vibrante beleza,
leva-nos numa imersão profunda e graciosa na milenar
arte da Dança Clássica Indiana, reunindo dois dos
seus principais e mais ancestrais estilos:
Bharata-Natyam - da tradição do Sul
e Kathak - da tradição do Norte.


A Dança na India era, até ao momento da conquista inglesa,
uma Arte maioritariamente devocional e sagrada.
O Bharata-Natyam era parte integrante do
culto que se fazia nos templos hindus,
enquanto que o Kathak era dançado nas cortes
dos reis mongoles e marajás, onde eram
honrados como divindades, pelos poemas
interpretados pelas bailarinas.
Nos nossos dias, mantendo-se ambos os estilos
fiéis às suas origens, bailarinos e bailarinas dançam
sempre sob a protecção dos Deuses, dedicando a dança
às Divindades que regem o equilíbrio dos
Três Mundos - Terra, Ar e Céu -
antes do oferecer ao público os seus recitais.
Cada coreografia é alvo de cuidado minucioso,
cada movimento materializa a sublime música,
cada olhar remete-nos a experiências
longínquas e ressoantes.
A Dança é assim saudada como Arte maior,
unindo visões estéticas, glorificando a ancestralidade
na vivência do Presente e
criando pontes entre Culturas.
Uma Ode à Sensibilidade, Beleza e Virtuosismo.

Nesta 2ª Edição dos Ciclos al-Mah,
damos a conhecer através da dança, um pouco
da India, esse subcontinente do Extremo-Oriente,
onde 'todos os deuses são bailarinos'
e a sua cultura milenar é inspiradora e marcante.



AS DANÇAS E AS BAILARINAS



BHARATA-NATYAM
Dança Clássica do Sul da India

Bharata-Natyam é a arte da dança clássica sofisticada
e subtil de Tamil Nadu e também uma das
mais antigas formas de dança clássica.
A palavra Bharata-Natyam significa:
aquele que é um especialista de
Bhava - expressão,
Ra-Raga - música
e Ta-Tala - ritmo.
O dinamismo visual e a precisão,
são as suas características fortes que,
aliadas à graça, ternura e poses esculturais,
lhe conferem uma beleza única e incomparável.
É uma forma de dança multifacetada,
que envolve a dança pura,
com o batimento cardíaco e a mímica,
que é a sua alma.
Existem várias tradições desta dança, sendo que
a mais famosa é a do estilo Pandanallur.
Este é também o mais exigente,
por todos os elementos que o caracterizam:
desde os seus saltos, pliés profundos,
posturas de equilíbrio, movimentos amplos
e deslocamentos frequentes,
bem como a precisão meticulosa
das linhas e da complexidade das etapas.
É uma dança que requer não apenas graça,
mas também uma grande força e resistência.



TARIKAVALLI

Tarikavalli recebeu uma rigorosa formação em
Bharata-Natyam, no estilo Pandanallur,
em Paris, com Shrimati Amala Devi, discípula
e parceira de cena de Shri Ram Gopal,
principal discípulo de Shri Meenakshi Sundaram Pillai.
Mais tarde viajou para a India, onde teve formação
com lendas vivas como Shri US Krishna Rao e
a sua mulher Shrimati Vasundhara Devi.
Teve também a rara oportunidade de ser orientada
pela historiadora e investigadora
Shrimarti Vasundhara Filliozat, no aprofundamento
da sua compreensão dos poemas que inspiram as danças,
sob um prisma triplo: linguístico, histórico e artístico.
Actualmente, e após lamentar a morte
destes dois grandes artistas,
Tarikavalli sente-se particularmente honrada por ser
umas das herdeiras raras do património inestimável que
constitui o repertório dos seus Mestres.





KATHAK
Dança Clássica do Norte da India

O Khatak possui um lugar de destaque na dança Indiana,
pois representa uma síntese de duas culturas distintas:
a Hindu e a Muçulmana.
Katha significa 'estória', enquanto que
kathak, é 'aquele que conta uma estória'.
O vocabulário do movimento abstracto
é uma combinação de extravagância com reticência,
de movimento versus não-movimento, tornando-se uma
das formas mais 'naturais' de dança clássica.
Caracterizado por um rápido trabalho rítmico de pés,
e piruetas estonteantes, o Kathak assume também,
como aspectos mais imaginativos e criativos,
um complexo conjunto de ciclos temporais/rítmicos.
A mímica, também presente, envolve a exploração
e elaboração da 'disposição' da palavra falada e
cria-se, assim, uma fusão de elementos de todos os níveis:
o intelectual com o artístico, o evocativo com o abstracto,
que numa forma poética de abandono e reticência,
nos seduz com um encanto irresistível.


LAJJA SAMBHAVNATH

Lajja acredita na exploração da dança,
no seu caso o Kathak,
como ponte entre sentidos e sensibilidades,
numa evolução de 'mentes' e 'artes'.
A resiliência inerente ao Kathak e a sua capacidade
de absorver as mudanças e prestar-se a inovações,
sempre a fascinaram.
Um encontro fortuito com Padmashree Kumudini Lakhia,
na fase inicial da sua aprendizagem, quase que a
obrigou a aprender sob a sua tutela.
Dela aprendeu a construir a ponte entre a Vida e a Arte,
e a apreciar a dignidade do corpo como bailarina.
Conhecimento que tenta sempre passar como artista,
coreógrafa, professora e pesquisadora.
Ao longo da sua carreira foi-se baseando nesta ideologia,
fundindo pensamento contemporâneo
com aspectos modernos,
mas mantendo-os profundamente enraizados
nas ancestrais técnicas tradicionais.



Duração: 75 minutos




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ARBÁ



Espectáculo de Danças do Mundo

para bebés e crianças



Domingo, 14 de Novembro, 16h30 e 17h30


Auditório do Centro Cultural da Malaposta




PREÇO:


12,50€ - bebé + 1 acompanhante


14€ - bebé + 2 acompanhantes





O ar, a água, a terra; o alto, o baixo, o médio.

Há muitas coisas redondas…

Umas são transparentes. Outras não.

Umas voam. Outras caem.

De onde vêm elas?

E para onde vão?

Será que posso ir com elas?







Três artistas e mães, juntaram-se


com o intuito de conjugar a sua experiência artística


e dar corpo a um espectáculo de Dança Teatro


dedicado à “muito pequena infância”.


Os seus bebés contribuíram enquanto cobaias desta



experiência tão divertida, quanto enriquecedora.





No seguimento do espectáculo,


os bebés participam com os pais


num atelier de danças do mundo.




NOTA*


'Foi nossa opção enquanto grupo,


que o espectáculo não fosse interactivo.



Interessa-nos que o jovem público sinta o lugar da cena


como algo sagrado,



onde acontecem coisas novas e para ele,


e onde pode participar enquanto espectador.


Esse é o ritual de um espectáculo.


No atelier que se segue,


os bebés terão então a oportunidade de experimentar,



das mais variadas formas,


todos os elementos do espectáculo


na companhia dos pais.'


as autoras:


Cláudia Sequeira, Sandra Sequeira, Sara do Vale




Sendo que os requisitos necessários para cativar


a atenção dos mais pequenos, são diferentes dos de


um espectáculo 'comum', o público estará

instalado em palco,


para beneficiar a proximidade.


Assim sendo, a lotação por sessão será de 20/25 pessoas.








PÚBLICO ALVO





ARBÁ é um espectáculo para um público entre


os seis meses e os 5 anos de idade.


Os estímulos oferecidos, ambientes


e tempo de duração do mesmo - 40minutos,



foram concebidos tendo em vista as necessidades


e capacidades do pequeno público.


E enquanto que os mais pequenos reagem ás luzes ,


sons e movimentos isoladamente,


os mais crescidos já são capazes de identificar as



relações entre os objectos e as histórias apresentadas.







Duração: 40 minutos




FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA






COMPANHIA DAS MIGALHAS apresenta:


“ARBÁ - danças do mundo para bebés e crianças”


autoria e interpretação:


CLÁUDIA SEQUEIRA, SANDRA SEQUEIRA e SARA DO VALE


desenho de luz:


NUNO GOMES


sonoplastia:


FRANCISCO SANTIAGO


figurinos:


SANDRA SEQUEIRA



Agradecimentos:


DAVID, BERNARDO e SEBASTIÃO,


MADALENA VICTORINO,


MADALENA WALLENSTEIN


produção:


BAUBO TEATRO DANÇA