WORKSHOPS MULHERES DE ÁGUA


DANÇA ORIENTAL TRADICIONAL E CLÁSSICA

COM PAULA LENA (Argentina)

"Agua de beber, agua de bendecir, agua de bañar"

SEREIAS: Técnica de Dança Oriental Clássica no chão.

Sábado, 17 de Julho, das 15h às 18h30


O trabalho de Dança Oriental no chão tem a sua origem nas bailarinas acrobatas da antiguidade. Segue a rota das danças pélvicas e da destreza das bailarinas ciganas de toda a bacia do Mediterrâneo. Actualmente as Ghawazee Egípcias, as Shikhat Marroquinas, as ciganas do Rajhastan (India), e da Turquia continuam a incluir o trabalho de chão nas suas danças. Por outro lado, no ocidente, as percussoras da Dança Oriental fundiram a prática de Yoga à estética Orientalista e suas representações de haréns e banhos turcos (hammams), que figuram em pinturas e filmes. Estas imagens estão no nosso inconsciente, como parte fundamental da bailarina árabe. Sensualidade, inclusivamente sexualidade, destreza física e mistério fazem parte desse imaginário. Como muitas das obras Orientalistas, esta técnica tem uma semente de realidade e todo o resto de criatividade.

Material necessário:

- roupa de treino, de preferência calças

- meias e joalheiras

- papel e lápis


RAKS AL BALLAS, Dança com Cântaros:

Rio. As Mulheres nas suas tarefas diárias. Encontros em torno da Água.

Domingo, dia 18 de Julho, das 10h às 13h30


O Cântaro é um elemento essencialmente feminino. Era comum as mulheres jovens da casa irem à fonte recolher água, existem inúmeras canções acerca desta tarefa quotidiana e dos encontros que se proporcionavam entre amigas e vizinhas. Não só no mundo Árabe, mas em todo o Mediterrâneo há factos similares. Há também dados históricos que relaccionam o desenvolvimento da olaria como arte de mulheres nas primeiras comunidades sedentárias ou semi-nómadas. O Cântaro relacciona-se com o útero pela sua qualidade receptiva, e por isso com o Ser Feminino. Dançar com cântaros remete não só para as antigas culturas do Mediterrâneo e Norte de África, como nos conecta com a nossa essência receptiva e com a nossa capacidade de conter.

Material necessário:

- Roupa de treino

- Papel e lápis

- Cântaro ( de papel maché, ou de barro com auxílio de rodilha de pano, para que possa equilibrar-se sobre a cabeça)

- Pano para a cabeça, que não deslize, para trabalhar o equilibrio


KHALEGI, técnica de cabelo

Dança de mulheres que vivem rodeadas de Mar.

Domingo, dia 18 de Julho, das 15h às 18h30


Esta dança é oriunda do Golfo Pérsico. Há quem defenda que é especificamente da Arábia Saudita. Ainda que tenha semelhanças ao Zaar, a dança Khalegi tem outra conotação, outro objectivo. É uma dança de celebração, um jogo entre mulheres, que se estende também aos homens que observam. O curioso desta dança é que, contrariamente a outras danças folclóricas árabes femininas , não se centra nas ancas e no peito, nem no ventre. Mas nem por isso deixa de ser uma dança de expressão profundamente feminina. O uso de uma túnica ampla, de corte específico e antiquíssimo, deixa o corpo em total liberdade, e ao mesmo tempo oculto (o que é uma marca característica dos trajes orientais tradicionais). A sensualidade, a sedução, e a celebração são representadas e vividas nesta dança de deslocações ágeis e movimentos ondulantes de braços e pescoço. De vital importância no Khalegi, é o cabelo da mulher que dança – considerado em várias culturas como o detentor de um poder inigualável, sendo por isso em muitas religiões obrigatório cobri-lo - a partir dos movimentos do pescoço, é criada uma dinâmica no cabelo, que nos dá a impressão de ter uma vida própria. Nesta movimentação tão única reside a qualidade única do Khalegi, e o que a distingue de todas as outras danças femininas tradicionais orientais.

Material necessário:

- Roupa de treino

- Papel e lápis

- Preferencialmente túnica Khalegi

(caso não tenha uma, traga dois véus amplos e alfinetes de dama)


Formato dos workshops:

Duração de cada workshop: 3h30

Duração Total: 10h30

Leitura de textos históricos e testemunhos acerca da dança em questão

Aquecimento - entrada no calor

Movimentos da dança e sua utilização

Danças dirigidas pela professora

Descanso físico con mostra de videos da dança em questão

Revisão geral dos movimentos

Improvisações em duo e em grupo

Comentários acerca das improvisações, esclarecimento de dúvidas


PAULA LENA:

Dança clássica (1982 / 94). Dança contemporânea (1985 / 96).

Inicia o seu trabalho profissional em 1996. Simultâneamente frequenta aulas de Teatro Dança, composição coreográfica e performance. Trabalha como coreógrafa e bailarina em diversos espectáculos seus e de outros directores de Dança Contemporânea e Teatro Dança até ao ano de 1995, no Brasil e Argentina. Investiga técnicas de movimento diversas(Contacto-Improvisação, barra no chão, Hatha Yoga, trabalho de corpo consciente, Pilates, Tango) que integra no seu trabalho de docente, e de formadora corporal de actores, Dança Infantil, entre outros, entre os anos de 1991 e 1995. Integra igualmente os seus conhecimentos ecléticos na Dança Oriental e danças Folclóricas femininas do Médio Oriente. Em 1989 dá inicio ao estudo de Dança Oriental, com Brigitte Bacha (Líbano), continua com Shokry Mohamed (Egipto) com quem aprende danças folclóricas egípcias, Nur Banu (Italia), Hossam Ramzy (Egipto) e Serena (Brasil), Mahmoud Reda (Egipto), Farida Fahmi (Egipto), Tamalyn Dallal (E.U.A.), Mohamed El Sayed (Egipto), Narjess Montasser (Tunisia).

Reconhecida internacionalmente como bailarina, coreógrafa e mestra, Paula Lena destaca-se pela sua trajectória marcada por um profundo trabalho de investigação na história e técnica da Dança Oriental, sendo autora publicada em vários países. O seu contributo para a preservação das raízes desta dança, bem como a sua inovação permanente na fusão da Dança Oriental com Tango, ritmos dos Andes e Dança Teatro, são de ímpar importância. Actualmente, além de bailarina, coreógrafa, professora e investigadora de Dança Oriental, produz eventos desta arte, figurando entre os principais acontecimentos desta área na Argentina, e dirige o estúdio de Dança Neo Balady.

Luz en el CaminoPaula LenaNeo Baladí - Danza del Vientre

www.paulalena.com

www.neobaladi.blogspot.com

CONDIÇÕES:

VAGAS LIMITADAS A 10 PARTICIPANTES POR WORKSHOP

Obrigatória reserva de vaga por telefone ou mail.

VALOR:

Associadas AIGA e alunas de Iris:

1 workshop 40€

2 workshops 70€

3 workshops: 100€

Alunas externas:

1 workshop 50€

2 workshops 85€

3 workshops: 120€

Associados da Cª de Dança Amálgama, ANDO e alunas de Yolanda usufruiem de 10% de desconto sob o preço das alunas externas.

Como associar-se à AIGA?

Mediante o pagamento da jóia anual de 10€. Contacte-nos!

Onde?
- Na Casa Semente, uma acolhedora casinha em Alvalade

Como chegar?
- De metro, saída Alvalade/ Av. da Igreja
- Subir a Avenida na direcção da Igreja, pelo lado direito do passeio; ao chegar à estação dos Correios virar à direita (na esquina, para a R. José Duro), andar alguns metros e virar novamente à direita, logo na primeira transversal (chão em calçada de pedra), e andando mais 5 metros chega a uma casa baixinha com um pequeno jardim florido! Está na Semente!

INFO/ INSCRIÇÕES:

Iris: 96 514 39 73 iris.aiga@sapo.pt