A TENDA VERMELHA

A TENDA VERMELHA :

Tríplice

Dançando o feminino Nómada

Espectáculo de Dança Oriental, Danças de expressão Cigana e danças do Mundo


4 de Julho 16h30
Auditório do Centro Cultural da Malaposta

Este espectáculo é um convite a entrar na Tenda e seguir viagem.

A Tenda Vermelha é uma homenagem ao espírito nómada das sábias viajantes: das Tuaregs, Berberes, Beduinas e tribos nomadas dos desertos do Medio Oriente, dos povos ciganos que espalharam tradições musicais e de dança por toda a parte. Uma homenagem a todos aqueles que vivem sob um telhado ligeiro, que cantam, que contam, que dançam, que sonham e, no seu silêncio e invisibilidade, nos permitem beber deles tanta inspiração. É uma homenagem à seiva das árvores, ao sangue dos animais, ao fluxo das águas e dos ventos, à Liberdade impetuosa que nos invade! Às bailarinas curandeiras que os séculos esqueceram na passagem mas que iluminam o espírito ancestral dos nossos corpos. Às parteiras que deram, dão e darão as suas mãos num auxílio á maternidade. À sempre cambiante experiência de ser Mulher, de ter o ritmo da Lua e das marés no sangue. Unindo todos os tempos e culturas num rito feminino, cíclico e fértil como as estações, celebrando o nosso elo indelével com todas as coisas, uma dança com a vida, a morte, a regeneração e a constante e mistica recriação de cada instante!

Íris : Direcção artística, coreografia

Espectáculo com : Catarina Parrot, Cristina Coelho e Caroline Carp

Cenografia: Teresa Freitas Produção: AIGA

SINOPSE

A Tenda Vermelha era o espaço onde as mulheres pré-árabes viviam os seus ciclos femininos. Esta tenda era exclusivamente feminina, sendo o local para o qual as mulheres se retiravam do mundo exterior nos momentos de menarca (quando a Lua lhes estava no sangue), aqui davam à luz os seus filhos, aqui passavam pela menopausa. Na tenda Vermelha eram preparados os remédios para a tribo, aqui cuidavam umas das outras, partilhando cuidados essenciais e de beleza, histórias e experiências. Aqui discutiam acerca da educação dos filhos, vivendo em conjunto rituais, alegrias, mágoas e preces. Aqui cresciam, transformando-se, envelhecendo, experimentando o sagrado feminino. Eventualmente, a tenda vermelha deu lugar ao Hamam, onde as mulheres do Médio Oriente, de todas as idades e condições sociais, ainda partilham as suas vidas e intimidade. A Tenda Vermelha remete, assim, para a vivência tribal do feminino, e também para o nomadismo, as tribos viajantes do Sahara, os povos ciganos em constante migração, transformando a tenda em caravana. Evocando de igual modo as tradições de origem nómada, tornadas sedentárias, e estabelecendo pontes entre tradições: o Fado Lusitano e os cantos tradicionais do Magreb, por exemplo.

Viajando e recriando o feminino nómada, inspirando-nos nas culturas do Médio Oriente, em toda a sua diversidade (Norte de África, Marrocos, Egipto, Turquia), e das expressões que os povos ciganos trouxeram até à Europa (Balcãs, Espanha, Europa de Leste). Do folclore secular, às danças tribais berberes, dos camponeses do Egipto, ao giro Sufi da Turquia, das místicas danças de Espada, aos véus, e dos véus aos xailes ciganos, às flores exultantes dos Balcãs, e ao Flamenco – Árabe, da Dança clássica Oriental, a fusões criativas de expressão contemporânea.